Você está no trabalho e um colega acabou de fazer um comentário que te deixou no limite. Você se sente absolutamente irritado e luta para não explodir.
Apesar disso, sente que não é fácil. Afinal, todos temos nossos botões e o seu acabou de ser pressionado…
Mas respira e vem comigo.
Independente da sua reação à situação acima, o objetivo é te dizer que felizmente, existem maneiras de reagir – além de gritar e perder a calma.
Elas te ajudarão a manter o controle e o profissionalismo, mesmo naquelas situações em que os outros não estão se comportando tão bem quanto você esperava.
Para começar a compreender este assunto, é preciso ter em mente que mais de 80% das nossas atividades e interações diárias são governadas pelo nosso subconsciente.
E por que isso é relevante?
Porque, às vezes, não controlamos as nossas atitudes, agindo por instinto ou emoção.
E numa profissão com tanta pressão como a advocacia, isso pode se tornar mais frequente do que você gostaria.
Por outro lado, quando faz uma escolha consciente de assumir o controle dos seus pensamentos e comportamentos, pode realmente se destacar, operar com mais eficiência e ser capaz de impulsionar sua carreira de várias formas.
Controlar a si mesmo é definitivamente um grande diferencial competitivo e algo que pode ajudá-lo a crescer na vida.
O autocontrole é um elemento da inteligência emocional que se relaciona com o quão bem você gerencia seus pensamentos e ações.
Mas como exercê-lo na sua advocacia?
O primeiro passo é entender os seus gatilhos. O que desencadeia a sua raiva e por quê?
Alguns exemplos deles podem ser: seu chefe te expor na frente dos outros, alguém levar o crédito por um trabalho que você fez, sentir-se ameaçado ou tratado injustamente, dentre muitos outros.
Depois de diagnosticar o que desencadeia sua raiva, você pode começar a encontrar maneiras de lidar com ela de forma mais eficaz, reconhecendo quando está sendo dominado por este sentimento, para que possa tomar medidas, a fim de se acalmar antes que as coisas saiam do controle e tenham consequências mais graves.
Mas e se a raiva já tiver tomado conta?
Quando você já está sentindo o sangue subindo e que prestes a explodir, é hora de encontrar uma maneira de interromper o padrão de pensamento automático que o desencadeou.
Você pode começar se desconectando fisicamente da situação. Dê uma caminhada na rua, saia para tomar um café ou afaste-se da sua mesa para ligar para um familiar ou amigo.
Se você estiver em uma reunião e sentir que está perdendo o controle, levante-se e respire fundo várias vezes.
Outra tática que pode ajudá-lo a controlar a raiva a longo prazo é praticar visualizações. Imagine-se reagindo tempestuosamente à sua raiva. Como você se vê e se sente? Você gosta desta imagem de si mesmo?
Agora imagine-se administrando sua raiva de forma adequada – abordando a situação de maneira calma e construtiva. Como se vê e se sente? O que acha disso?
Ao adotar uma abordagem consciente de sua raiva, você tem mais chances de aproveitá-la de forma construtiva – e não permitir que ela o controle
E qual é a melhor forma de abordar a questão?
Quando você está com raiva, é importante identificar o porquê deste sentimento e conseguir articulá-lo claramente. Eu sei que pode ser tentador ir direto para a ação, quando está sentindo uma emoção tão forte assim.
Mas a verdade é que ser capaz de identificar o que ocorreu e saber abordar de uma maneira que faça sentido para você e para os outros, minimizará a falta de comunicação e te ajudará a transmitir os seus pensamentos, opiniões e desejos de forma mais eficaz.
Depois de identificar as causas, pense em como falar com a pessoa que está te incomodando de uma maneira que faça sentido.
Se ela valoriza, por exemplo, uma linguagem direta e orientada a resultados, lembre-se disso ao abordar o problema. Peça que ela descreva a situação do ponto de vista que tem também, para que ambos tenham a chance de se entenderem claramente.
Por fim, pergunte-se, como você pode evoluir com o que aconteceu de maneira positiva?
Se você está lidando com uma briga no trabalho, pode ser difícil deixar de lado a raiva, caso se sinta injustiçado.
Mas embora seja fácil – e possa parecer reconfortante ficar insistindo e rememorando o que te deixou com raiva, isso não vai valer a pena a longo prazo.
Ruminar é prejudicial, porque tira tempo e energia mental da resolução dos problemas, te deixando preso a emoções negativas.
Ao invés disso, concentre-se nas lições que pode aprender com a situação para seguir em frente de maneira produtiva.
Por exemplo:
Se estiver com raiva de um colega de trabalho por cometer um erro, pergunte a ele como planeja evitar este mesmo problema no futuro.
Se alguém foi imprudente com seu tempo, descubra como responsabilizá-lo sem ser duro e indelicado.
Se alguém cometeu um erro que afetou a vida de outras pessoas, ajude-o a descobrir maneiras de agir para amenizar as feridas em vez de amplificá-las.
Em todas as situações, pense sobre qual lição existe para você e quais mudanças pode fazer que levarão a melhores resultados no futuro.
Não deixe que a raiva tirar o melhor de você!
Se você está bravo com um colega, com um cliente ou com o seu chefe, a maneira como administra sua raiva tem o potencial de edificar ou destruir a sua carreira.
Isso porque reagir de forma impensada e explosiva raramente ajuda, por mais justificada que a situação seja.
A raiva pode levar rapidamente a decisões precipitadas e a comportamentos fora de controle, que prejudicarão a sua reputação e os seus relacionamentos profissionais, podendo te fazer perder oportunidades.
A chave é ter certeza de que você está equipado com as ferramentas certas para lidar e comunicar a sua raiva de forma eficaz, profissional e benéfica para sua carreira.