Construir uma marca pessoal forte é algo extremamente importante para o advogado que trabalha em um escritório de advocacia.
Na era das recomendações e evidências que podem ser verificadas de forma independente e sem fronteiras, essa necessidade só aumenta para que o advogado tenha bons resultados na carreira.
Felizmente, muitos vêm se atentando para isso.
No entanto, vejo ainda poucos advogados corporativos investindo o seu tempo e dedicação nesta construção de maneira estratégica e intencional.
Muitos ainda são conhecidos no mercado pelo seu nome + sobrenome da empresa, ou seja, o “João do Google” ou a “Maria da IBM”.
O problema é que quando perdem o emprego, perdem também a identidade, porque ela foi construída, durante anos, à sombra de uma corporação.
Por isso, uma marca pessoal forte também é um ativo valioso para este profissional.
Ela ajuda a construir credibilidade e confiança no seu trabalho, tornando mais fácil conseguir propostas de emprego, reconhecimento, promoções e posições de prestígio.
Por todas essas razões, trago neste post um passo a passo para que você, advogado corporativo, possa investir nisso:
1. Invista no seu autoconhecimento
A primeira coisa que você precisa fazer quando começa a trabalhar a sua marca pessoal é procurar se conhecer melhor.
Você tem que ser capaz de articular quem você é, no que você é bom e quais são seus valores.
É importante que seja capaz de reconhecer as suas forças, as coisas que te tornam único e que te diferenciam dos demais.
Uma vez que você tenha mais clareza sobre estes aspectos, é hora de mapear os seus objetivos.
Um dos maiores erros que as pessoas cometem é se tornarem refém das circunstâncias, porque não têm uma noção clara de onde querem que sua carreira vá.
Finalmente, uma vez que você conhece a si mesmo e para onde caminhar, é hora de pensar no impacto que quer causar. Como quer que as outras pessoas o vejam? Que tipo de imagem pretende passar?
Essas são perguntas que precisam ser respondidas para orientar de forma mais sólida os seus próximos passos.
2. Como você deve apresentar a sua marca?
Depois de mapear todos os aspectos acima, agora é hora de compreender como colocar isso em evidência.
O marketing online e offline são os dois grandes pilares para promovê-la.
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No universo offline:
Não faz parte do treinamento de um advogado corporativo aprender a mostrar as suas realizações dentro de uma corporação.
Entretanto, essa falha precisa ser sanada.
No mundo dos negócios, é preciso externar como o seu trabalho agrega valor, promovendo-o para que as pessoas também o vejam.
Cabe a você saber levar isso de forma estratégica para que não fique parecendo aquela autopromoção forçada, mas para que quem importa possa saber.
Além disso, todas as interações que se envolve, são pontos que precisa estar atento.
Isso inclui a sua imagem, a maneira de falar, de se vestir, o seu andar, o seu comportamento, tudo isso faz parte da comunicação que transmite e faz com que as pessoas entendam quem é você.
Estar presente em reuniões sociais, como almoços e confraternizações, ou em ocasiões informais, são ótimas oportunidades para estreitar os laços e ser lembrado positivamente também.
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No universo online
Aqui, o buraco costuma ser mais embaixo. Vamos por partes:
Para evitar surpresas desagradáveis, procure conhecer as regras da sua empresa sobres redes sociais e internet, conversando com o seu chefe e com a equipe do RH de forma honesta sobre este assunto.
É importante que você vá atrás.
Isso porque, mesmo tendo políticas estabelecidas, é possível que alguns empregadores não incentivem ativamente os colaboradores a cultivarem suas próprias marcas pessoais, mesmo que o façam em conformidade com as diretrizes.
Caso descubra que está em um lugar que lhe veta em relação a isso, avalie se acredita na cultura organizacional que está inserido.
No mundo de hoje, é benéfico trabalhar em um ambiente que enxerga o cultivo da marca pessoal como um componente integral do desenvolvimento profissional e que compreende essa iniciativa como uma excelente forma de fortalecer também a imagem da organização.
Superado este ponto, algumas maneiras de fazê-lo são:
a. Cuidar dos seus perfis nas redes, desde a foto até o conteúdo publicado. Não dá para agir de forma imatura, negligente e inconsequente.
b. Publicar material que destaque sua área de especialização e experiência;
c. Participar de conversas, comentando as postagens feitas por outras pessoas em seu campo.
d. Dividir algumas das iniciativas ou eventos em que você esteve envolvido (desde que não haja informações sensíveis, claro).
Por fim, é preciso entender que a época em que a marca pessoal era algo apenas para celebridades, artistas ou profissionais autônomos se preocupar, já se foi.
Atualmente, você precisa trabalhar para mostrar e fortalecer o seu valor sempre, a fim de posicionar, ser reconhecido e lembrado no mercado.
O processo de desenvolver e reforçar persistentemente quem você é e o que você representa, independente do seu cargo ou função, te proporcionará grandes colheitas na advocacia.
Invista nisso!
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